É definido como fluxo retrógrado da urina, da bexiga para o ureter, podendo chegar até o rim. Causado por um defeito congênito na implantação do ureter na bexiga que normalmente possui uma válvula que impede o retorno da urina para os rins protegendo-os assim de infecções.
- Incidência
De 0,5 a 2,0% das crianças. Sua incidência aumenta para 30 a 50% nas crianças com infecção urinária de repetição. - Sintomas
Em crianças que apresentarem queixas urinárias (ardor miccional), infecção urinária de repetição ou quadro infeccioso de causa ignorada. - Diagnóstico
Através da uretrocistografia miccional (é um raio X no qual injetamos contraste na bexiga através de uma sonda uretral demonstrando a presença do refluxo). - Classificação
É classificado em graus de acordo com a sua intensidade:5. Tratamento
5.1. Clínico:
Utilizado nos casos de menor gravidade (graus I a III):
Baseia-se na administração de antibióticos para a erradicação da infecção e posterior manutenção com doses subclínicas da medicação, administrado por períodos prolongados, anos (com rigoroso seguimento ambulatorial).
5.2. Cirúrgico:
I) Endoscópico : Realizado por via transuretral (sem incisões da pele).
Através de injeção subureteral de substâncias que moldam a entrada do ureter na bexiga e impedem o refluxo de urina. As substâncias atualmente utilizadas são: o Teflon e o Macroplastic. Proporcionam bons resultados curando aproximadamente 85 a 95% dos casos.
II) Convencional : É a cirurgia de reimplante ureteral (plástica que reconstitui a junção do ureter com a bexiga). Realiza-se incisão da pele na região abdominal inferior semelhante à incisão de uma cesariana e confecciona-se um túnel antirefluxo atraves da parede muscular da bexiga. Proporcionam bons resultados em até 98% dos casos, sendo superior no momento ao método endoscópico.
Conseqüências de não se tratar?
• Déficit do desenvolvimento da criança (devido a infecções).
• Destruição dos rins com futura necessidade de se recorrer a hemodiálise e/ou transplante renal.